Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos. Mas, absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente não sabe o por quê...
O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso... acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo (...)
Vá saber o que interrompe um sentimento... é mistério indecifrável...
Mas o amor termina, mal agradecido... e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro e vai um pouco de dor pra cada canto (...)
Romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si prórpio...
E ter amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta... encolhemos a alma (...)
Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde sentido, músicas idiotas nos fazem chorar...
Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia...
Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim...
Um novo amor? Nem pensar...
Medo... respondemos.
Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama... fingindo um pouco de resistência, mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.
Martha Medeiros
2 opiniões:
Eu tava com esse problema aí..de medo de amar, e realmente é complicado =/
Bjo Nessa.
te adoro pacas, vc sabe!
de vez enquanto acho que todo mundo passa... mais a gente supera... sempre!
bju miguxa
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